Ana Lúcia repudia massacre da PM do DF contra estudantes e professores em Brasília

Publiciado em 01/12/2016 as 07:20

A deputada estadual Ana Lúcia ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 30, para registrar seu repúdio ao massacre da Polícia Militar do Distrito Federal contra os estudantes e professores que se manifestavam na tarde desta terça-feira, 29, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, contra a PEC 55.

Ana Lúcia também se solidarizou aos manifestantes e lamentou o estado de saúde de um estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que, após espancamento da PM do DF no local, está hospitalizado com fratura no crânio.

Para ilustrar a gravidade da violência da Polícia, Ana Lúcia apresentou um vídeo feito pelos manifestantes durante o ato público, que denunciava a forte repressão da polícia. Chocantes, as imagens mostravam cerca de seis policiais espancando um jovem estudante. “Que sociedade é essa que queremos? É a da repressão e do ódio? Pois é isso que está sendo construído nesse país”, refletiu a parlamentar.

Solidariedade a Sônia Meire e Vera Lúcia

Ana Lúcia registrou ainda sua indignação com um vídeo que está circulando nas redes sociais de um assessor da Câmara de Vereadores de Aracaju conhecido como China, que agride frontalmente a professora Sônia Meire e a cientista social Vera Lúcia. Mor discordar ideologicamente da ocupação que elas, acompanhadas de diversos segmentos sociais, fizeram na Câmara de Vereadores, o assessor da CMA tenta, no vídeo, desqualificá-las e despeja ódio contra as duas militantes de esquerda.

“São milhares 'Agamenons' em Sergipe. São milhares neste Estado agredindo as mulheres, agredindo os negros, agredindo todas as comunidades que são discriminadas pela sociedade”, destacou, ao prestar sua solidariedade à professora Sônia Meire, Doutora em Educação e pesquisadora da UFS e à Cientista Social e funcionária do Sindipetro, Vera Lúcia.

“Esta é uma visão de ódio contra as mulheres. Não há tolerância. E quando nós falamos de tolerância, não significa que estamos pregando a submissão a essas agressões, mas sim que é urgente refletir com a sociedade que não se pode desqualificar as pessoas, nem entrar na vida privada das pessoas”, finalizou a parlamentar.