Políticas Públicas para a juventude sergipana discutidas no plenário da Alese

De acordo com a deputada Conceição Vieira, existe a necessidade de um momento de unidade nacional.

Publiciado em 23/09/2016 as 07:50
César de Oliveira

Foi realizada na tarde desta quinta-feira, 22, no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a 1ª Audiência Pública da Juventude, com o tema: “Desafios e Políticas Públicas para a Juventude Sergipana”. O evento realizado pela deputada Conceição Vieira (PT) em parceria com o Conselho Estadual da Juventude, marcou o Dia Nacional da Juventude, comemorado em 22 de setembro.

 

Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985, a data tem por finalidade, despertar a consciência do pensar acerca do tema, bem como a mobilização no sentido de construir espaços de inclusão para uma sociedade melhor a cada ano.

De acordo com a deputada Conceição Vieira, existe a necessidade de um momento de unidade nacional. “Nós precisamos fazer um posicionamento independente de partidos, num regime de paz, de conhecimento, aprofundamento, entendimento que os jovens devem ser tratados como o futuro e esse futuro deve ser criado agora, com essa energia juvenil, mostrando um instrumento de transformação. Os jovens devem se inserir cada vez mais nos espaços políticos, de trabalho, da cultura e dizer que são agentes responsáveis pela transformação e pelo avanço desse país. Precisamos avançar mais, discutir uma proposta mais objetiva, uma política de juventude na nossa Constituição Estadual. Enquanto estiver nessa casa, o meu mandato estará à disposição para um projeto que fortaleça. Se a palavra está constituída, a juventude passa a existir constitucionalmente”, entende.

Transformação

 

O presidente do Conselho Nacional da Juventude, Jeferson Lima destacou a crença na juventude como um instrumento de transformação da vida e da sociedade brasileira.

“Falar de Política da Juventude nos últimos 13 anos é falar de um governo transformador, que acredita na juventude como um instrumento de transformação da vida e da sociedade brasileira; da PEC da Juventude, que incluiu os jovens de 15 a 29 anos na Constituição Brasileira e que antes no Governo do presidente Lula e da presidenta Dilma, nenhum outro governante teve coragem de acreditar e potencializar mais de 50 milhões de jovens no país. Falar da juventude é falar de Projovem, de Inclusão nas universidades, do Sistema de cotas e várias outras políticas. É muito importante essa audiência para a gente discutir de fato como as políticas que estão sendo construídas através da coordenadoria, dos conselhos, dos movimentos sociais, de uma política da Juventude mais ousada e implementada no Estado de Sergipe”, ressalta.

O presidente do Conselho Estadual da Juventude, Nicholas Antunes falou sobre os trabalhos desenvolvidos. “O Conselho é um mecanismo de diálogo direto da sociedade civil com o Governo, visando levar as demandas voltadas para a juventude. A juventude não é o futuro e sim o presente. É a gente que está no dia a dia, nas escolas, nas universidades, no campo”, completa.

Pautas

 

O coordenador de Políticas para a Juventude da Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão, da Assistência, Trabalho e Direitos Humanos (Sejuc), Fredson Santana, destacou as pautas específicas para tratar as políticas públicas.

“Políticas públicas no Brasil para a juventude são pontuais. A prioridade é reconhecer na Constituição Estadual que existe esse público jovem e precisa ser trabalhado. A segunda pauta importante é a efetivação do Plano Estadual da Juventude. O governador de Sergipe fez uma proposta e nas conferências da Juventude, os jovens se uniram e disseram quais as prioridades, mas precisa criar um desenho de execução. Precisa ser criado o Plano Estadual da Juventude com objetivo que tenha um instrumento legal para garantir os direitos legais que estão na Constituição e no Estatuto da Juventude, ditos para os jovens”, afirma.

Fredson Santana falou ainda sobre a criação de espaços voltados para os jovens. “Entendemos que temos que criar espaços para os jovens. Identificamos um projeto do Governo do Estado que trata-se da criação das Casas da Juventude (presentes em 12 municípios sergipanos) que oferecem políticas públicas, oficinas de cursos profissionalizantes, entretenimento, na área de saúde, visando potencializar os jovens para que possam ser inseridos no mercado de trabalho”, enfatiza.

A Audiência Pública contou ainda as presenças do coordenador da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Sergipe, Romeu Villa Flor; Rosane da Cunha e Silva, representante da Casa Civil; Linei Pereira, secretária da Juventude de Maruim; Everton dos Santos, representante da Juventude do bairro Santa Maria; Jonatha Hora, representante da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas de Aracaju (Umesa); Cledson Lisboa, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Sergipe; Jan Victor, da União dos Estdantes Secundaristas (Uses); Jovanka Carvalho Leal, professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e representante do Laboratório de Estudos em Sociedade e Segurança Pública Observatório de Criminologia em Delinquência Juvenil; Iolanda Aragão, representante da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE).