Deputado questiona proibição da Vaquejada em todo o país

Gustinho lembrou que no hipismo, esporte olímpico que faz uso do cavalo, o animal sofre constantemente quedas. O polo, outro esporte praticado a cavalo, também foi citado pelo deputado.

Publiciado em 11/10/2016 as 15:03

Em apoio à luta dos profissionais e amantes da vaquejada, uma das maiores tradições nordestinas, o deputado Gustinho Ribeiro (PRP) direcionou seu discurso na sessão desta segunda-feira (10), na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), em favor do esporte, pedindo, inclusive, atenção à prática, como fiscalização e punição para aqueles que desrespeitarem regras que protegem bois e cavalos.

“Na vaquejada moderna, o que mais é levado em conta, o que mais é respeitado é o animal. É usado um protetor de calda que não machuca o boi. Os cavalos, por exemplo, são tratados como atletas, com acompanhamento de treinadores e médicos veterinários”, frisou.

Gustinho lembrou que no hipismo, esporte olímpico que faz uso do cavalo, o animal sofre constantemente quedas. O polo, outro esporte praticado a cavalo, também foi citado pelo deputado.

Economia


Além de destacar os cuidados que as associações e os organizadores de eventos têm em relação à saúde e o bem-estar dos animais, Gustinho também emendou em sua fala a grande movimentação econômica decorrente das vaquejadas, como por exemplo das competições e shows artísticos.

Ele focou nos problemas de emprego e renda que podem afetar quem mais precisa do esporte para manter sua família. “Proibir as vaquejadas é tirar o emprego, é tirar a renda e a alegria do nordestino”, disse.

O deputado afirmou que os eventos movimentam uma engrenagem financeira gigantesca, como lojas de produtos agropecuários, a indústria de selas, arreios e acessórios,
clínicas veterinárias especializadas, haras, tratadores que cuidam dos cavalos, o próprio comércio de cavalos, leilões e vendas, setor de transporte e toda uma cadeia turística: hotéis, restaurantes, lojas de roupa, vendedores ambulantes e artesanato local.

Esporte


De acordo com Gustinho, além de manifestação cultural, a vaquejada se tornou também uma prática recreativa e, há alguns anos, é um esporte praticado por profissionais de alto nível e com grande participação do público. “No Nordeste, é o segundo esporte que mais atrai pessoas, perdendo apenas para futebol. Nas vaquejadas, as famílias se reúnem para assistir às disputas”, disse.

Segundo o deputado, há um fato que é importante destacar: nem todos os bois caem. Alguns vão ao chão, mas, na maioria das vezes, o boi sai vencedor da prova em relação ao cavalo e ao vaqueiro.

Da Agência Alese