LIRAa atinge melhor marca dos últimos 11 anos

Publiciado em 16/01/2018 as 22:44

Os frutos do trabalho constante da Prefeitura de Aracaju já podem ser vistos nesse início de 2018. Na manhã desta terça-feira, 16, o prefeito Edvaldo Nogueira apresentou o resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que alcançou a melhor marca da década. Com 0,8 de Índice de Infestação Predial, a capital sergipana se coloca entre as cidades com baixa probabilidade de surto ou epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito.

O número significa, na prática, que as ações estratégicas adotadas durante o primeiro ano da gestão obtiveram êxito. “É um resultado a se comemorar, pois mostra a eficiência do nosso trabalho, através principalmente dos nossos agentes de saúde, que foram fundamentais para que alcançássemos o melhor índice do LIRAa nos últimos onze anos. Nós conseguimos uma média que nos coloca como uma cidade de baixo risco de epidemias das doenças causadas pelo Aedes aegypti”, comemora o prefeito Edvaldo Nogueira.

Quando comparado o número de casos notificados de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegytpi em 2016 com os de 2017, fica clara a melhora na situação da saúde pública aracajuana. Os casos de dengue, por exemplo, apresentaram queda de 78,84%. A redução foi ainda mais expressiva para chikungunya e zika, 86,23% e 87,65%, respectivamente.

O esforço foi intenso e contou com diversas ações. Durante 132 dias do ano passado, os fumacês estiveram presentes nas ruas da cidade, por exemplo. Além disso, a coleta de resíduos sólidos foi regularizada e 52.297 pneus foram recolhidos, evitando um grande acúmulo de água parada, local ideal para a reprodução do mosquito. “Muitos fatores permitiram esse resultado positivo, sobretudo a intersetorialidade, pois todas as secretarias da Prefeitura de Aracaju atuaram em conjunto para atingir esse objetivo. Seja através de palestras, promoção e saúde nas escolas, mutirões nos campos, coletas de pneus,‘cata-treco’, aplicação dos fumacês, até a ação diária dos agentes de endemias”, explica Taíse Cavalcante, diretora da Vigilância Epidemiológica.

O levantamento

Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti consiste num mapeamento da infestação do mosquito. O LIRAa é dado pelo percentual do número de imóveis com focos, entre os escolhidos de uma região em avaliação. O intuito é colher informações e traçar objetivos baseados nesse conhecimento. É possível, desta maneira, destacar quais são os principais criadouros dos mosquitos e em quais locais eles estão presentes.

Aracaju não apresenta nenhum bairro em risco de surto. Dos 42 bairros da capital, 27 (65%) foram classificados em baixo risco e 15 (35%) em médio risco. O acúmulo de água parada em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas e outros reservatórios ainda compreendem a imensa maioria dos criadouros de mosquitos, compreendendo 95,3% dos casos. Por isso a conscientização da população possui um papel de suma importância para a manutenção da boa marca.

O trabalho continua

Uma vez atingido o parâmetro alcançado, o planejamento para perpetuá-lo já começou a ser executado. A Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) está realizando dois mutirões de limpeza por mês nos bairros identificados com criadouros. Além disso, os agentes de endemias reforçarão visitas em pontos estratégicos, quinzenalmente.

O período do verão e os eventos que ele traz consigo também estão sendo observados de perto pelo poder público para evitar maiores empecilhos. “Nós intensificaremos o trabalho ao redor dos hotéis e nos bairros que recebem grande fluxo de pessoas no Carnaval. A Secretaria Municipal da Saúde está fazendo o seu papel, mas é preciso que as pessoas entendam que nós só avançamos quando atuamos em conjunto”, afirma a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.

Para seguir em frente, é preciso que a mesma intolerância que a administração do município destina ao Aedes aegypti inspire o cuidado doméstico de cada um dos aracajuanos. “O nosso trabalho tem sido eficiente, mas isso não significa que nós não iremos continuar com o esforço e cruzar os braços. Vamos trabalhar mais, pois estão chegando as chuvas de verão e o Carnaval. É preciso também que as pessoas saibam que esse é um trabalho em conjunto, que elas contribuam dentro de suas residências” , ressalta Edvaldo.