Prefeitura já capacitou cerca de dois mil profissionais da linha de frente do combate à covid-19

Publiciado em 07/07/2020 as 11:21
Qualificar o atendimento aos pacientes com covid-19 é um dos preceitos para tornar o trabalho mais humano. Além de todas as técnicas necessárias, do entendimento médico, ter um olhar mais cuidadoso e humanitário fortalece vínculos entre paciente e equipe médica, o que favorece a recuperação dos enfermos. Por isso, desde o mês de março, quando do aparecimento do primeiro caso da doença na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza, constantemente, capacitações dos profissionais de linha de frente de atuação contra o coronavírus. 
 
Essa capacitação é feita através do Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps/SMS) que, no total, já qualificou cerca de dois mil profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, entre outros, como destacou a coordenadora do Ceps, Jane Curbani. 
 
“É preciso que os profissionais estejam seguros do que estão fazendo, afinal, isso também fortifica o paciente, faz com que ele confie ainda mais na equipe que está cuidando da sua saúde e isso é imprescindível. A qualidade do cuidado em saúde e a busca de uma assistência humanizada ao usuário precisam estar presentes. Qualificar os trabalhadores do SUS garantido aos mesmos saúde e segurança para o seu fazer cotidiano através de treinamentos e atualizações é parte importante expressa na política de educação permanente em Saúde”, destaca a coordenadora. 
 
De acordo com Jane Curbani, a formação envolve os protocolos específicos para o tratamento da covid-19, como o manejo clínico, a paramentação. As qualificações acontecem em várias temáticas, desde o processo de trabalho individual de cada profissional, como no caso dos fisioterapeutas, que treinam ventilação mecânica; ou dos médicos, com a questão de entubação do paciente. Numa situação de parada cardiorrespiratória, por exemplo, toda a equipe precisa atuar. 
 
“Nosso foco é, em primeiro lugar, preservar vidas, portanto, o trabalho é qualificado, seguindo, justamente, as normas que garantam essa preservação e evite a transmissão da doença, inclusive, para a equipe médica atuante. Essas qualificações são prestadas aos profissionais que trabalham nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde] referência em síndromes gripais, no Fernando Franco e no Nestor Piva, e também no Hospital de Campanha”, explica Jane. 
 
A formação é realizada por cerca de 12 profissionais, tanto do Centro quanto das universidades parceiras. O objetivo é somar esforços para que os profissionais de saúde possam se reinventar e atuar da melhor forma, sempre seguindo os protocolos.
 
"A medicina está em constante evolução. Hoje, o cenário é acometido por uma pandemia de uma doença que tem implicações respiratórias importantes e que levam à necessidade de colocar o paciente em ventilação mecânica. Além do mais, esses pacientes têm alto potencial contagiante. Por isso, faz-se necessário todo um retreinamento dos profissionais de saúde quanto ao uso de EPIs, além da revisão de algumas técnicas adotadas durante os procedimentos", ressalta a coordenadora. 
 
 
Da AAN