Covid: Brasil recebe 1º lote da vacina atualizada para cepa JN.1; veja quem pode tomar
Reforço semestral ou anual é indicado para grupos prioritários, como idosos e trabalhadores da área da saúde

O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 atualizadas para a última cepa da Covid-19, a JN.1. Foram entregues ao Ministério da Saúde cerca de 1,3 milhão de doses, pela Pfizer, no último dia 1º.
A previsão da pasta é que os imunizantes, recebidos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sejam distribuídos aos estados nesta semana. Em muitos locais, a vacinação está interrompida pela falta de unidades em estoque.
Os imunizantes fazem parte de uma primeira remessa que será entregue ao país, de 7,4 milhões de doses. Ao todo, o ministério adquiriu 57 milhões para suprir a campanha ao longo de dois anos. As vacinas serão enviadas à pasta de forma parcelada, conforme a adesão da população. A estimativa é que 15 milhões sejam aplicadas neste ano.
A compra com a Pfizer foi realizada após a empresa que ganhou a licitação, a Zalika Farmacêutica, representante brasileira do Instituto Serum, na Índia, não ter conseguido a aprovação da versão mais atualizada da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como a atualização era um requisito, a Pfizer, segunda colocada, foi acionada.
Até então, as doses utilizadas no Brasil eram direcionadas à cepa XBB.1.5. Em abril do ano passado, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a atualização para a JN.1, medida que foi seguida pela Anvisa em instrução normativa publicada em setembro.
Dois meses depois, em novembro, a agência autorizou as versões atualizadas das vacinas produzidas pela Pfizer e pela Moderna. O Brasil chegou a receber algumas poucas doses para a JN.1 referentes ao fim do último contrato com a Moderna.
No entanto, para a campanha de 2025 e 2026, o Ministério da Saúde realizou, naquele mesmo mês, uma licitação e estabeleceu o contrato para a aquisição de 57 milhões de vacinas para adultos com a Zalika Farmacêutica. A exceção eram as doses pediátricas, que continuavam da Pfizer.
As doses contempladas no contrato eram da vacina Covovax, desenvolvida pela Novavax e produzida no instituto indiano. O contrato, porém, previa a entrega da última dose da vacina aprovada pela Anvisa, neste caso a JN.1. No entanto, a agência negou o pedido da Zalika para a vacina após o prazo para análise ter expirado com pendências de esclarecimentos solicitados pela autarquia.
Veja quem pode se vacinar
No ano passado, a vacinação contra a Covid-19 entrou nos calendários de rotina de crianças, idosos e gestantes no Brasil. Com a nova estratégia, o Brasil passou a indicar de forma permanente uma dose para gestantes a cada gravidez e uma dose a cada seis meses para idosos com 60 anos ou mais, independentemente da quantidade de vacinas previamente recebidas pelo indivíduo.
Em relação às crianças entre 6 meses e 5 anos, o esquema primário deve ser feito com duas doses e quatro semanas de intervalo entre elas, no caso da vacina da Moderna, e com três doses, com a segunda aplicada quatro meses depois da primeira, e a terceira oito meses após a segunda, no caso da Pfizer. Não há indicação de reforços para as crianças.
Para os demais grupos chamados de prioritários, que não têm calendários de rotina específicos no Programa Nacional de Imunização (PNI), a proteção e seus reforços continuam a ser ofertados no Brasil no esquema de “vacinação especial”. Para os imunocomprometidos, é indicada uma dose a cada seis meses. Para os demais, o reforço é anual.
Os grupos são: imunocomprometidos; pessoas vivendo em instituições de longa permanência; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.
Fonte: Folha PE

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