Advogado de médica acusada de mandar matar o marido diz ter sofrido atentado

Defesa afirma que Danielle Barreto está em cárcere privado e pede mudança da prisão domiciliar para Salvador

Publicado em 26/07/2025 às 05:33

O advogado Antônio Henrique de Aguiar Cardoso, que representa a médica Danielle Barreto — acusada de mandar matar o marido, o advogado José Lael Rodrigues —, afirmou ter sofrido uma tentativa de homicídio ao tentar conversar com sua cliente em Aracaju. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (25), durante entrevista à TV Sergipe, na qual o advogado revelou ter registrado um boletim de ocorrência no dia 20 de julho, na Delegacia de Atendimento ao Turista.

Segundo Antônio, após o episódio, ele foi impedido de manter contato com a médica, o que motivou o pedido para que Danielle cumpra prisão domiciliar em outro endereço, na cidade de Salvador. De acordo com a defesa, uma amiga teria disponibilizado um imóvel na capital baiana para que ela permanecesse.

O advogado também alegou que sua cliente estaria sendo mantida em situação de cárcere privado pelo irmão, Ronaldo Barreto, e pela cunhada, Jaqueline Mary. "Danielle tinha um dinheiro guardado, entregou a eles, que gastaram tudo. Para não precisar ela pagar de volta, resolveram transformar a situação dela em um cárcere privado", disse.

O advogado da família de José Lael, Guilherme Maluf, não comentou a denúncia de tentativa de homicídio feita por Antônio Henrique, mas reforçou que não há justificativas legais para que a Justiça autorize a mudança de endereço da médica para outro estado.

Entenda o caso

Danielle Barreto é acusada de planejar o assassinato do marido, o advogado José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos, executado a tiros no dia 18 de outubro de 2024, no Bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. No momento do crime, ele estava no carro com um dos filhos, que também foi baleado, mas sobreviveu.

A médica e outras seis pessoas foram presas em novembro de 2024, apontadas como suspeitas de participação no crime. Danielle deixou o presídio feminino em 15 de maio deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e passou a cumprir prisão domiciliar, por ser mãe de uma criança menor de 12 anos, atualmente sob a guarda dos avós paternos.

 

Fonte: F5News

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