Foi inaugurada na manhã desta segunda-feira, 27, a Feira Livre do Centro, localizada na Praça Hilton Lopes, entre os Mercados Centrais. Nesta primeira etapa, serão entregues oficialmente 160 bancas padronizadas a comerciantes de hortifrutis e verduras. Ao todo, o novo espaço contará com 300 bancas, destinadas a fortalecer a economia local e impulsionar a cadeia comercial da região.
O projeto beneficia tanto ambulantes realocados quanto varejistas que já atuam no entorno do Centro. Para garantir conforto e funcionalidade, foram instalados mais de 50 toldos e um sistema elétrico completo, que atende as áreas internas e externas da feira. O local também conta com iluminação automatizada, proporcionando mais eficiência e segurança para comerciantes e consumidores.
De acordo com o presidente da Emsurb, Hugo Esoj, o novo espaço reflete o compromisso da gestão municipal em oferecer condições dignas de trabalho e promover inclusão social.
“A prefeita Emília Corrêa tem um compromisso com a população. Ela determinou que a organização do Centro fosse feita sem esquecer ninguém. Assim foi feito: preparamos um local coberto, estruturado e seguro, que não sofre mais com alagamentos. O piso foi elevado e o ambiente está pronto para receber os trabalhadores. Agora, todos os ambulantes que vêm para cá passam a ser permissionários, com direito ao seu espaço e à sua banca. Inicialmente, não haverá cobrança de taxa — apenas uma contribuição simbólica, de baixo valor, para manutenção do espaço”, explicou Hugo Esoj.
Reclamação
No entanto, nem todos os ambulantes ficaram satisfeitos com o processo de distribuição das bancas. Alguns deles reclamaram das falhas na organização e de critérios considerados injustos.
Uma das feirantes relatou frustração com o resultado. “A organização está horrível. Eu mesma passei uma semana fazendo a lista dos mais antigos e entreguei ao presidente da Associação. Coloquei quem realmente trabalha aqui há anos, mas vi funcionários e carregadores, que não são ambulantes, recebendo bancas. Isso não é justo. Eu conheço quem está aqui há muito tempo. Das 50 pessoas mais antigas, nem metade foi chamada. Está tudo desorganizado, e quem deveria ter prioridade ficou de fora”, desabafou.
Outra ambulante também criticou o processo. “A lei tem que valer para todos. Está havendo privilégios e pessoas que têm direito à banca estão sendo deixadas de lado. É uma situação triste e revoltante. A feira ficou bonita, mas a forma como foi feita deixou muita gente indignada”, afirmou.
O presidente da Associação dos Ambulantes de Aracaju, Antônio Marcos Vieira, destacou a importância da nova feira para a categoria. “A partir de agora teremos mais dignidade, com um espaço adequado para trabalhar. Antes havia muitos problemas com furtos, mas agora teremos segurança no período noturno. O espaço coberto também ajuda muito, pois protege da chuva e do sol. É uma grande conquista para todos os ambulantes”, afirmou.
Fonte: Infonet




