A novela da licitação do transporte na Grande Aracaju ganhou mais um capítulo e, sinceramente, daqueles que deixam qualquer usuário de ônibus sem entender absolutamente nada. Depois de a Justiça anular toda a concorrência por causa de uma lista enorme de irregularidades, agora veio um “meio recuo”. Nesta sexta-feira (12), a Justiça decidiu suspender parcialmente a anulação do processo, atendendo a um pedido do município de São Cristóvão.
Segundo São Cristóvão, simplesmente derrubar tudo colocaria em risco a ordem administrativa, poderia causar prejuízo à economia pública e até gerar indenizações pesadas às empresas que já investiram na operação. Em outras palavras: refazer tudo do zero não seria tão simples como parecia.
A confusão começa porque, na semana passada, a 18ª Vara Cível já tinha determinado que CTM e Prefeitura de Aracaju refizessem toda a licitação, entre novembro de 2025 e abril de 2026, após o Ministério Público apontar falhas graves no edital: informações incompletas, riscos de direcionamento, erros técnicos e até suspeita de superfaturamento. A própria Prefeitura reconheceu parte dessas falhas.
Mas agora entra São Cristóvão dizendo: “calma, se cancelar tudo, quem vai pagar a conta?”. E a Justiça acatou, suspendendo a anulação de forma parcial, justamente para evitar impactos financeiros e jurídicos.
É como se a Justiça desse dois passos para frente e um para trás e quem depende de ônibus continua no mesmo ponto, esperando. No meio disso tudo, a Prefeitura de Aracaju ainda não disse uma palavra sobre a reviravolta.
Se antes o cenário já era complicado, agora virou um labirinto jurídico. E o futuro da licitação, ao que tudo indica, ainda vai render muitos episódios.
Fonte: Itnet
