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Cultura

Festival Sergipanidade inicia com exposição coletiva no Corredor Cultural Wellington Santos “Irmão”

Mostra com obras de 15 artistas sergipanos segue até o dia 31 de outubro

Por Redação Sergipe Notícias Publicado em 17/10/2025 às 08:18
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Festival Sergipanidade inicia com exposição coletiva no Corredor Cultural Wellington Santos “Irmão”

Diferentes estilos e formas de arte traduzem a pluralidade cultural presente em Sergipe na exposição coletiva ‘Sergipanidade: Pertencimento e Identidade’, inaugurada na manhã desta quinta-feira, 16, no Corredor Cultural Wellington Santos “Irmão”, em Aracaju. Promovida pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e da Secretaria Especial de Cultura (Secult), a mostra marca o início da programação do Festival Sergipanidade, que se estende até o fim de outubro.

A proposta é valorizar e divulgar a arte produzida em Sergipe, traduzindo, por meio de diferentes estilos e técnicas, a pluralidade de expressões que formam a identidade cultural do estado. Foram selecionadas obras de 15 artistas: Ana Denise, André Aragão, Anísia Prado, Edilene Carvalho, Edwyn Gomes, Fabio Sampaio, Leonardo Alencar (in memoriam), Lindete da Costa (Coletivo de Bonequeiras de São Cristóvão), Márcio Dantas, Maria Vitorino, Marlone Santana, Silvio Rocha, Tássia Reis, Tintiliano e Vilma Rebouças.

Responsável pela curadoria, Jane Junqueira define a mostra como um retrato da diversidade que caracteriza a cultura sergipana. “A exposição foi toda pensada para representar quem somos, plurais, assim como a arte. Convidamos todos a participarem e conhecerem mais sobre essa produção que é feita por pessoas que vivem e respiram Sergipe”, explica.  

O assessor da presidência da Funcap, Pascoal Maynard, que representou o presidente Gustavo Paixão na abertura, destaca a origem do termo sergipanidade e sua importância. “Sergipanidade surgiu com a ideia de expressar nosso pertencimento, o nosso orgulho, nossa arte e identidade cultural. Isso é muito importante para todos nós, sergipanos”, ressalta.

Para o secretário executivo da Secult, Irineu Fontes, “O Corredor Cultural hoje já é uma marca na própria cultura e que a cada dia se renova com novos artistas com novas ações. Temos aqui artistas de todo o contexto da nossa cultura, reconhecendo aquilo que é a nossa identidade”. Ainda de acordo com ele, a iniciativa já é uma marca da cultura sergipana e vem se renovando, com novas mostras e novos artistas. “Esse espaço representa a continuidade de uma política pública voltada para fortalecer e reconhecer os criadores do nosso estado”, reforça.

A abertura contou com um cortejo cultural conduzido pelo grupo Maracatu Baque Mulher Aracaju, formado inteiramente por mulheres. O grupo, criado em 2008, percorreu o entorno da Funcap até o espaço expositivo. Segundo a integrante do grupo Maisa Aguiar, estar na inauguração foi uma forma de afirmação da força feminina na cultura nordestina. “Para a gente é muito importante participar da abertura do Festival Sergipanidade, afirmando a cultura sergipana e a força da mulher nordestina na música. É um gesto de resistência e de valorização da nossa presença na arte”, avalia.  

Com mais de 40 anos de carreira na fotografia, o artista Sílvio Rocha participa da mostra com a obra ‘Manguezal do Mosqueiro’, que retrata a relação simbiótica entre natureza e identidade. “A fotografia é uma contadora de histórias. Fazer parte desta exposição é uma forma de resistência e de reafirmação de quem somos”, declara.  

Os mestres da cultura popular sergipana e grupos folclóricos foram representados pela obra Ciranda de Bonecas, confeccionada à mão com fitas, tecidos de cetim e espuma pela artesã Lindete da Costa. Presente na abertura o Mestre Zé Rolinha, de Laranjeiras, municípios do leste sergipano, pôde se ver representado na obra: “Essa exposição fala dos nossos costumes, mitos e lendas. Um povo sem memória é um povo sem história. É com ações como essa que mantemos viva a nossa sergipanidade”.

Especialista em xilogravura, a artista Vilma Rebouças apresentou a obra ‘Escultora’. “Esse tipo de ação é de grande importância para a arte sergipana. Sergipanidade é isto: valorizar o que é daqui, dar destaque ao artista local e abrir espaço para que o público reconheça essa produção”, conta.  

A exposição ‘Sergipanidade, Pertencimento e Identidade’ segue aberta ao público até o dia 31 de outubro, com visitação gratuita. O Corredor Cultural Wellington Santos “Irmão” está localizado na sede da Funcap, na rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, em Aracaju, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.

Festival Sergipanidade

Com período de realização entre os dias 16 e 26 de outubro, o Festival Sergipanidade foi concebido como uma grande comemoração do mês dedicado à identidade, à história e aos saberes do povo sergipano, o evento oferece uma programação inteiramente gratuita, espalhada por diversos espaços culturais do estado.

A programação destaca a experiência coletiva, valorizando debates, exposições, rodas de conversa, apresentações artísticas de dança, circo e teatro, lançamentos de livros e homenagens a personalidades e patrimônios vivos culturais.

 

Fonte: GOV SE

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