Presidente da Desenvolve-SE explica impacto de tarifa dos EUA sobre exportações sergipanas

Em entrevista concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, na manhã desta segunda-feira, 21, o presidente da Agência Desenvolve-SE, Milton Andrade, falou sobre o impacto do tarifaço de 50% anunciado recentemente pelo governo dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, o que pode afetar diretamente as exportações sergipanas.
Na ocasião, ele afirmou: “Nós temos um índice maior de exportação do que de importação pela primeira vez, ou seja, nossa balança comercial, ao contrário da balança comercial brasileira com a americana, é positiva […] Em 2023, nossa balança era deficitária; em 2024, nossa balança com os Estados Unidos foi deficitária também; em 2025 nós estamos, até agora, acumulados com 17 milhões de dólares positivos”, explicou.
Quando questionado sobre o que motivou esse saldo positivo, ele explicou que se deve à exportação do petróleo e do suco de laranja. “Com a produção e a exportação de óleo bruto de petróleo, esse foi o principal motivo. Em 2023 nós passamos a exportar petróleo para os Estados Unidos, até então não exportávamos, e esse é o principal item hoje, exportado para os Estados Unidos. E você somar o petróleo e o suco de laranja, o concentrado congelado de laranja, nós temos 80% das nossas exportações”, disse.
Com o tarifaço, Sergipe deve adotar uma nova postura em relação às exportações. “Essa exportação vai ser redistribuída, é um valor muito pequeno, deve continuar para os Estados Unidos, e a outra parte que outros países devem absorver. Aqui em Sergipe, nós temos oportunidades muito grandes com a China, por exemplo, que é a maior parceira comercial do Brasil”, completou.
Ao final da entrevista, ele ainda comentou sobre a chamada Lei da Reciprocidade, que, segundo ele, seria inadequada para o Brasil por questões econômicas, como o tamanho do PIB. “É algo que eu desaconselho diametralmente. Tirando a discussão política, apaixonada, baseada só na discussão econômica, nós não temos como enfrentar uma economia americana como a China fez com reciprocidade”, finalizou.
Fonte: Fanf1

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Segundo o secretário, que está confiante em um acordo com a União Europeia (UE), países menores, como nações da América Latina, Caribe e África, pagarão a tarifa base de 10%