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Sergipe pressiona Petrobras por prioridade no projeto Águas Profundas

Com a recente concessão de licença ambiental para perfuração de poço na Margem Equatorial — Foz do Amazonas, cresce o receio de que os recursos sejam redirecionados para outras frentes, postergando ou até suspendendo os aportes em Sergipe.

Por Redação Sergipe Notícias Publicado em 05/11/2025 às 10:20
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Sergipe pressiona Petrobras por prioridade no projeto Águas Profundas

Governo de Sergipe intensificou as articulações para garantir que o Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) permaneça entre as prioridades da Petrobras no novo plano de negócios da estatal. A revisão estratégica leva em conta o cenário internacional de queda no preço do petróleo e pode impactar cronogramas de investimentos no país.

O SEAP contempla sete campos de exploração em águas ultraprofundas — Agulhinha, Agulhinha Oeste, Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Cavala e Palombeta — declarados comerciais pela Petrobras em 2021. Trata-se do único projeto da estatal atualmente que prevê a construção de um gasoduto marítimo, o que ampliará o fornecimento de gás natural para o mercado brasileiro e o Nordeste, reduzindo dependências de outras regiões.

Projeto acumula adiamentos e pode ficar fora do plano 2025-2029

As reservas foram descobertas entre 2010 e 2013, mas a contratação das plataformas vem sendo protelada há três anos. A operação comercial está prevista apenas a partir de 2030, já fora do atual plano de investimentos da Petrobras (2025-2029).

Com a recente concessão de licença ambiental para perfuração de poço na Margem Equatorial — Foz do Amazonas, cresce o receio de que os recursos sejam redirecionados para outras frentes, postergando ou até suspendendo os aportes em Sergipe.

 

Governo cobra ação para evitar perda de oportunidades

Preocupado com o possível esvaziamento do projeto, o governador Fábio Mitidieri (PSD) enviou quatro ofícios oficiais à presidente da Petrobras, Magda Chambriard; ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; ao ministro da Casa Civil, Rui Costa; e ao diretor-geral da ANP, Artur Watt. A mobilização também conta com o apoio do senador Laercio Oliveira (PP/SE).

Nos documentos, o governo defende a manutenção do cronograma e a prioridade estratégica do SEAP, argumentando que o projeto está alinhado às diretrizes de transição energética e ao fortalecimento do setor de gás natural no país.

Por que o SEAP é crucial para Sergipe e para o Brasil?

Benefícios econômicos e sociais

  • Geração de milhares de empregos diretos e indiretos na fase de implantação e operação;
  • Fortalecimento da indústria local, serviços e cadeia de fornecedores;
  • Aumento na arrecadação de royalties e tributos, impulsionando o desenvolvimento regional.

 Segurança e expansão energética

    • Maior oferta de gás natural para o consumo interno;
    • Redução de custos logísticos e de vulnerabilidade a importações;
    • Estímulo a indústrias intensivas em energia no Nordeste.
 

 Transição energética e inovação

  • Integração com novos projetos de baixo carbono no país;
  • Uso de tecnologias modernas de exploração em águas ultraprofundas;
  • Potencial formação de um polo energético competitivo e sustentável em Sergipe.

LEIA MAIS – Sergipe foca na abertura do mercado de gás natural

Entenda: por que o gás natural importa para Sergipe?

gás natural é uma fonte de energia mais limpa em comparação ao óleo combustível e ao carvão, e suas aplicações crescem no mundo devido à transição energética. Ele pode ser usado para:

  • Geração de energia elétrica
  • Combustível veicular (GNV)
  • Indústrias químicas, metalúrgicas e cerâmicas
  • Produção de fertilizantes — essencial para o agronegócio

Além disso, emite menos CO₂ e pode servir como base para novas tecnologias sustentáveis, como o hidrogênio de baixo carbono.

Desenvolvimento que não pode esperar

O governo sergipano destaca que o avanço do SEAP representa uma janela histórica de oportunidades. Atrasos podem comprometer geração de empregos, competitividade regional e o posicionamento do Brasil como referência energética em um cenário global de transformação.

Enquanto a Petrobras finaliza seu plano de negócios, previsto para ser apresentado ainda este ano, Sergipe reforça o pedido: o futuro energético do Brasil passa pelo Nordeste — e pelo SEAP.

 
 
 
Fonte: Portal N9
 

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