O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou em seu pronunciamento de véspera de Natal desta quarta-feira (24) "um desafio inédito" enfrentado pelo país em 2025: o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.
O petista pontuou que por esse caminho foi negociado "o fim do tarifaço". Ademais, exaltou que o país atingiu neste mês de dezembro a marca de 500 novos mercados abertos aos produtos brasileiros.
O tarifaço de Donald Trump começou no 2 de abril, data que o presidente dos EUA batizou como "Dia da Libertação". Na ocasião, o Brasil foi atingido por uma alíquota de 10%.
Mais tarde, em julho, Trump voltou a atacar o Brasil, dizendo que o país estava sendo "muito ruim" para os norte-americanos, e criticando o que chamou de censura e "caça às bruxas" por parte do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente anunciou que elevaria a tarifa aplicada contra produtos brasileiros a 50% a partir de agosto.
Desde então, o comércio entre as partes retraiu e uma tensão política começou a se construir no entorno do imbróglio comercial, à medida que não se formavam canais efetivos de comunicação entre os dois países.
A maré ficou favorável ao Brasil após a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), onde Trump e Lula se encontraram. O presidente norte-americano disse ter tido uma "química excelente" com o petista.
Dali em diante os dois tiveram reuniões presenciais e trocaram telefonemas, tratando de assuntos desde comércio até combate ao crime organizado.
Em novembro, Trump derrubou o tarifaço para uma série de produtos agrícolas brasileiros.
Na véspera, o presidente Lula afirmou que o resultado da taxação sob produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos terminou sendo "irrelevante" para o Brasil e as discussões em torno do tema propiciaram uma amizade entre ele e líder norte-americano, Donald Trump.
Fonte: CNNBrasil




