O orçamento das universidades federais brasileiras sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos institucionais previstos. A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), após análise preliminar do orçamento aprovado para 2026.
De acordo com a entidade, a diminuição atinge 69 universidades federais e afeta diretamente recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). A Andifes afirma que os cortes não foram uniformes e impactam áreas essenciais ao funcionamento das instituições de ensino superior.
A situação é ainda mais crítica no orçamento destinado à assistência estudantil. Segundo os dados apresentados, houve uma redução de aproximadamente R$ 100 milhões, o equivalente a 7,3% do total previsto para a área. A associação alerta que o corte compromete a aplicação da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) e ameaça a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade nas universidades públicas.
Caso não haja recomposição dos valores, o orçamento das universidades federais para 2026 ficará abaixo do executado em 2025, sem considerar inflação e reajustes contratuais obrigatórios, especialmente os ligados à mão de obra. O cenário se agrava diante das reduções também registradas nos orçamentos da Capes e do CNPq.
Em nota, a Andifes afirmou reconhecer o diálogo mantido com o Ministério da Educação, mas reforçou que a situação exige medidas urgentes. “Os cortes aprovados pelo Congresso Nacional demandam recomposição imediata, sob risco de comprometer o funcionamento das universidades federais e limitar o papel estratégico dessas instituições para o desenvolvimento científico, social e econômico do país”, destacou a entidade.
Fonte: A8SE




