Uma operação conjunta entre as Polícias Civis de Sergipe e da Bahia resultou na prisão de um corretor de imóveis investigado por aplicar golpes de estelionato na venda de imóveis em Aracaju. O criminoso, que induzia as vítimas a antecipar parcelas com falsas promessas de descontos, foi localizado e detido em Salvador nesta sexta-feira (20).

A investigação, conduzida pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol) de Sergipe, revelou um prejuízo de R$ 167 mil apenas para uma das vítimas na capital sergipana.

Modus operandi do golpe

De acordo com a delegada Lauana Guedes, as investigações tiveram início após a denúncia de uma vítima idosa. Em janeiro de 2024, ela financiou um apartamento e as primeiras parcelas foram pagas normalmente na conta da empresa. No entanto, o corretor informou que, para obter um desconto no valor total do imóvel, seria necessário antecipar parcelas, realizando transferências para uma conta diferente daquela que constava no contrato, uma conta que tinha o filho do corretor como sócio.

Inicialmente, a vítima estranhou, mas acabou realizando as transferências. A segurança veio quando ela consultou a movimentação bancária e verificou que os primeiros valores haviam sido creditados na conta da empresa. Contudo, os pagamentos seguintes, nos valores de R$ 95 mil e R$ 62 mil, não foram repassados à empresa em que o corretor atuava como gerente de vendas, gerando um prejuízo elevado.

Histórico de fraudes e alerta às vítimas

O Depatri confirmou que o investigado, de fato, utilizava sua profissão para enganar as vítimas, empregando o mesmo modus operandi em diversas outras ocorrências. "Temos diversos boletins de ocorrência com a mesma prática, a mesma temática e o mesmo modus operandi. Ele utilizava vários CNPJs para dificultar a investigação e, depois, desaparecia, deixando as vítimas no prejuízo”, afirmou a delegada Lauana Guedes.

A prisão foi efetuada em Salvador, com o apoio do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco) da Polícia Civil da Bahia.

A Polícia Civil de Sergipe solicita que outras possíveis vítimas do investigado procurem o Depatri para registrar um boletim de ocorrência. Informações e denúncias que possam contribuir com as investigações também podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo do denunciante é garantido.

Fonte: F5News