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Reviravolta no caso Daniele Barreto: DNA de dois homens é encontrado no corpo da médica

Por Redação Sergipe Notícias Publicado em 27/09/2025 às 08:14
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Reviravolta no caso Daniele Barreto: DNA de dois homens é encontrado no corpo da médica

O enigma em torno da morte da médica Daniele Barreto, encontrada sem vida no presídio feminino de Nossa Senhora do Socorro no dia 9 de setembro, ganhou um novo e inesperado capítulo.

O advogado da família, Fábio Trindade, revelou nesta sexta-feira (26) que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) identificou a presença de material genético de dois homens diferentes no corpo da vítima.

Segundo o documento, foram detectados resquícios de sêmen, mas a perícia não conseguiu determinar o momento em que ocorreu a relação sexual: se antes ou depois da morte.

“O exame mostrou que as células já estavam mortas quando foram coletadas, o que impede essa definição”, afirmou Trindade.

A descoberta trouxe mais perguntas do que respostas. O advogado recorda que Daniele havia passado por internação em uma clínica particular antes de ser levada ao presídio e que, durante todo o período, esteve cercada por vigilância familiar e médica.

“Ela não ficou sozinha em nenhum momento. Essa circunstância nos leva a afastar a hipótese de que o ato tenha ocorrido na clínica. Também não acreditamos que tenha acontecido durante o transporte do corpo”, destacou.

Com isso, a investigação se volta para o intervalo entre a morte e a análise realizada pelo IML — um espaço de tempo que pode ser decisivo para esclarecer o caso.

O caso será conduzido agora pela Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), que pretende identificar e ouvir todas as pessoas que tiveram contato com o corpo de Daniele nesse período. A defesa pedirá ainda a coleta de DNA dessas pessoas para confronto com o material genético encontrado.

“É fundamental mapear quem esteve próximo e em que circunstâncias. Só assim poderemos responder quando e de que forma esses vestígios apareceram. Todas as hipóteses continuam na mesa”, reforçou o advogado.

Sigilo e cautela

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), em nota, lembrou que documentos periciais têm caráter sigiloso e só podem ser compartilhados entre os setores responsáveis pela investigação, como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O órgão também alertou que o uso ou a divulgação não autorizada desses documentos pode gerar sanções criminais e administrativas, além de violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que protege informações sensíveis como dados de saúde e genéticos.

“Todos os laudos permanecerão sob sigilo até a conclusão do inquérito. Novas informações só serão divulgadas quando não houver prejuízo às investigações”, frisou a SSP.

O que parecia um caso encaminhado agora se transforma em um quebra-cabeça ainda mais complexo. O laudo que deveria trazer clareza abriu uma nova frente de dúvidas. Entre perguntas sem resposta, a morte de Daniele Barreto continua a exigir explicações — e a sociedade aguarda, ansiosa, pelas peças que faltam nesse enredo ainda nebuloso.

Daniele Barreto era acusada de envolvimento no assassinato do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues Júnior.

 

Fonte: Horas News

 

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