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Operação “Falso Advogado” prende quatro investigados

Ação da Polícia Civil desarticula núcleo interestadual responsável por extorquir vítimas com promessas falsas de indenização judicial

Por Redação Sergipe Notícias Publicado em 27/11/2025 às 09:29
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Operação “Falso Advogado” prende quatro investigados

A Polícia Civil de Sergipe, por meio da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), deflagrou a Operação Falso Advogado, que resultou na prisão de quatro investigados em Santos (SP) e na Região Metropolitana de Fortaleza (CE). A ação, divulgada nesta quarta-feira, 26, ocorreu em colaboração com equipes da Polícia Civil de São Paulo, da Polícia Civil do Ceará e contou com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).

As investigações tiveram início após uma vítima procurar a DRCC relatando ter sido induzida a transferir cerca de R$ 90 mil aos suspeitos. No golpe, os criminosos se passavam por advogados e afirmavam falsamente que ela havia vencido uma ação judicial. Em seguida, exigiam o pagamento de supostas taxas, impostos e custas processuais para liberar uma indenização inexistente, levando à realização de diversas transferências bancárias.

O aprofundamento das apurações revelou que a organização criminosa atuava de maneira interestadual e já havia feito vítimas em pelo menos quatro estados: Tocantins, Mato Grosso, Pernambuco e Rondônia. O modus operandi se repetia em todas as situações: uso de identidades falsas, contatos por aplicativos de mensagem e cobrança antecipada de valores sob o pretexto de trâmites judiciais.

De acordo com o delegado Érico Xavier, da DRCC, a identificação dos suspeitos permitiu a representação pelas medidas judiciais necessárias e a articulação direta com as forças policiais de São Paulo e do Ceará, possibilitando o cumprimento dos mandados e a coleta de material relevante para o prosseguimento das investigações.

O diretor do Depatri, delegado André Baronto, reforçou o alerta à população sobre esse tipo de fraude. “É fundamental desconfiar de pedidos de pagamento antecipado para liberar valores judiciais e confirmar a veracidade das informações com profissionais que já acompanham os processos. Nenhuma indenização legítima exige depósitos prévios”, destacou.
Também na linha de combate ao golpe, a Ordem dos Advogados do Brasil, há cerca de seis meses, criou uma comissão de enfrentamento a esse tipo de crime. “Desde então, nós estamos desenvolvendo diversas ações de conscientização e prevenção da população, dos clientes e advogados. Criamos uma cartilha, um folheto, bastante didático, para que todos os advogados e advogadas do nosso estado encaminhem aos seus clientes. Criamos um canal de denúncias em nosso site, para receber todo o tipo de informação acerca do golpe”, citou o procurador-geral da OAB/SE, Leonardo Oliveira.

As investigações ocorrem no âmbito da  3ª Fase da Operação Nacional da Renorcrim. A operação nacional mobiliza as Polícias Civis do país no enfrentamento ao crime organizado, reforçando a integração entre as Polícias Judiciárias de todas as unidades federativas do Brasil.

 

Fonte: Jornal da Cidade

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