O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi eleito relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado. O colegiado foi instalado após o ocorrido no Rio de Janeiro, no último dia 28, quando uma megaoperação policial deixou 121 pessoas mortas, entre elas, quatro policiais.
Além de Vieira, também foram eleitos o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que será o presidente, e o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) o vice-presidente. Mourão chegou a disputar a presidência com Contarato, mas foi derrotado.
No escopo da investigação, está a intenção de se apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento de organizações, com foco na atuação de milícias e facções, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
O pedido de criação da CPI foi protocolado em 17 de junho, mas o colegiado só ganhou força na semana passada depois da nova crise de segurança que se instalou no Rio de Janeiro.
A CPI terá o prazo de 120 dias, com limite de despesa de R$ 30 mil. Segundo o relator, ela investigará o modo como as facções e as milícias atuam em diversas regiões do país, duas condições e seus desenvolvimentos, assim como as respectivas estruturas de tomadas de decisão.
“De modo a permitir a identificação de soluções adequadas para o seu combate, especialmente por meio da legislação atualmente em vigor”, explicou o senador Alessandro Vieira.
O relator lembrou ainda que o Congresso Nacional em outras ocasiões já se debruçou sobre o assunto, o que, segundo ele, mostra que o tema do crime organizado é um assunto central na vida da população brasileira.
“As mais recentes pesquisas de opinião pública apontam a violência e corrupção como as maiores preocupações nacionais”, afirmou Vieira.
A comissão também aprovou o plano de trabalho apresentado pelo relator.
Por Marcos Antonio Padilha - Correspondente exclusivo do Sergipe Notícias em Brasília




