Um dia após ter anunciando a reforma do secretariado, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), tornou público, neste sábado (6), a chapa majoritária do time da situação. Além dele, como pré-candidato à reeleição, o governante anunciou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jeferson Andrade (PSD), como postulante a vice e os outrora adversários André Moura (União) e Alessandro Vieira (MDB) como pré-candidatos ao Senado. Mitidieri escreveu no Instagram que “a cola que nos une é Sergipe”. O ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), sonhava em compor a chapa majoritária dos governistas.
Ao lado da foto onde aparece de mãos dadas com Alessandro, Jeferson e André, o governador escreveu que “este é o grupo com o qual caminharei na eleição de 2026. Sergipe vive um novo tempo econômico e social, com avanços reais na geração de emprego, infraestrutura, saúde e educação. Para seguirmos avançando, superamos discordâncias pontuais para defendermos os interesses dos sergipanos no Executivo e no Legislativo”. A mensagem de Fábio Mitidieri foi replicada nas redes sociais pelo senador Alessandro Vieira, o deputado Jeferson Andrade e o ex-deputado federal André Moura.
A deputada Katarina Feitoza (PSD) foi a primeira governista a se confraternizar com Mitidieri: “Parabéns, meu governador, por reunir um time comprometido e dedicado ao desenvolvimento do nosso amado Sergipe. É uma honra caminhar ao lado de pessoas que trabalham com seriedade, união e foco no bem do nosso povo. Seguimos juntos”, frisou.
Um não vota no outro
Embora estejam hoje no mesmo palanque, André Moura e Alessandro Vieira não se toleram. Outro dia, o emedebista disse à rádio Fan/FM que não vota no mandachuva do União Brasil e não pede votos pra ele “porque não é compatível com o que eu faço. Quem diz se André pode ou não ser candidato é a Justiça. Quem decide se ele vai ser eleito ou não é o povo”, afirmou. Em resposta, Moura declarou à rádio 93/FM não se preocupar “com Alessandro Vieira, porque ele é o reserva”, atacou.
Sem acordos com corruptos
Na campanha do ano passado para a Prefeitura de Aracaju, Alessandro Vieira explicou porque não votaria na candidata Yandra Moura (União), filha de André: “Não há possibilidade de eu injetar minha energia, meu esforço, num projeto que entregue o cofre de Aracaju para André Moura”, alerta. Antes, Vieira já havia dito que “André é candidato a uma vaga no presídio” por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes de peculato, desvio de recursos públicos e associação criminosa. Recentemente, ao se referir ao hoje parceiro da chapa majoritária, o emedebista disse que não faz “acordos com corruptos”, acrescentando que Moura só não foi preso porque “confessou os crimes que cometeu”.
Barganha política
Também à rádio Fan/FM André Moura lembrou que “o senador foi eleito na onda do bolsonarismo, depois rompeu com essa base, traiu setores da esquerda com quem se aliou e, hoje, está isolado politicamente em Brasília”, afirmou. Moura também criticou o que considera uma contradição na atuação atual do senador: “Hoje, o que ele mais faz é exatamente aquilo que sempre criticou, barganha política no interior em troca de apoio à sua reeleição”, fuziou.
Fonte: Destaque Notícias
