Nota da juventude do PT

No próximo sábado, dia 13 de Maio, o Governo do Estado através da DIJUV (antiga Cejuv), vai promover o II Encontro Estadual de organizações e movimentos de juventude de Sergipe. Evento que tem como finalidade institucional maior eleger o novo Conselho Estadual de Juventude.
Até aí, nada de novo ou surpreendente. As políticas de juventude ilustram o calendário institucional do Governo de Sergipe desde que Marcelo Déda as inseriu no rol de políticas públicas do estado.
Esse ano, porém, algo vem intrigando àqueles que sempre acompanharam os debates acerca das Políticas Públicas de Juventude no estado: o viés político, no mínimo contraditório, que o governo demonstra através da pasta.
É notório e reconhecido pela sociedade sergipana o compromisso do Governador Jackson Barreto com o campo democrático e popular. Por várias oportunidades na história viu-se em Jackson a coerência de quem sempre esteve nas trincheiras das lutas pela democracia no país e pelas políticas de inclusão social. Prova disso foi a postura exemplar que o mesmo teve durante o processo do golpe sofrido pela presidenta Dilma Rousseff, quando, mesmo sendo do PMDB de Michel Temer, Jackson manteve irrestrito apoio a Dilma. Essa identificação com a esquerda se confirma em suas recentes declarações de simpatia à candidatura do ex-presidente Lula, que por sua vez, em entrevista concedida ao jornalista George Magalhães na Fan FM, também reconheceu em Jackson figura de compromisso histórico e frisou que, no caso de Sergipe, ele defende a manutenção de PT e PMDB na mesma coligação. Não é a toa que Jackson ocupa hoje o cargo de governador do estado como sucessor de Marcelo Déda, referência maior do PT no estado, e que também viu em Jackson um político em quem podia confiar a divisão do seu projeto.
Justamente, por toda essa identificação é que enxerga-se com muita estranheza a aproximação do núcleo de juventude do PMDB e de outras siglas da base “aliada” com a extrema direita, que entrou em ascensão justamente com o advento do golpe. A articulação chega a tal nível de compromisso, que unem-se para declaradamente dividir a tarefa de isolar a Juventude do PT dos processos de construção das Políticas Públicas de Juventude no estado. Um desrespeito não só à Juventude do PT, que trouxe essas políticas a nível institucional para Sergipe, como à própria história do governador, que vê a Juventude do seu partido trocar afagos com grupos como Livres (PSL, uma das siglas comandadas pelos irmãos Amorim), Juventude do PSDB e até mesmo, pasmem, “Sergipe com Jair Bolsonaro”. Esse é o perfil dos grupos de juventude que pretendem definir os rumos das Políticas Públicas de Juventude no estado. Ou seja, enquanto reafirma o compromisso com o PT por um lado, aproxima-se da direita que comanda o golpe pelo outro. Essa postura dúbia e confusa não condiz com o projeto eleito em 2014, e não deixa à Juventude do PT outra opção senão a recusa de qualquer participação no processo a ser realizado no próximo dia 13.
Sabe-se, no entanto, que em anos eleitorais, a JPT é a primeira a receber “tapinhas nas costas”. Em reconhecimento à sua importância, a sigla é procurada, enaltecida e chamada às ruas para mobilizar as tarefas de campanha.
À Juventude do Partido dos Trabalhadores resta o dever da reflexão.

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