Adema flagra descarte irregular e extração ilegal de areia em Japoatã

Órgão ambiental autuará o município e os responsáveis pela atividade extrativista sem licença

Publiciado em 14/05/2025 as 05:55
Mariana Carvalho

Após receber nova denúncia de lixão clandestino no interior do estado pelas redes sociais, a equipe de fiscalização da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) foi até Japoatã, no baixo São Francisco, onde foi confirmada a existência de uma área de descarte irregular. A equipe também localizou uma área de extração ilegal de areia no município.

O local do descarte fica situado no conjunto Asa Branca, na sede do município. De acordo com os fiscais, moradores da região informaram que a área, que fica ao lado de uma creche abandonada, vem sendo usada para armazenamento temporário dos resíduos recolhidos na coleta de lixo. O município será autuado pelo descarte irregular e notificado para que providencie a limpeza, cercamento, recuperação e sinalização da área com placas de proibição e para que apresente os comprovantes de destinação dos resíduos oriundos da coleta urbana municipal.

“No local, havia marcas de caminhão e, pelo que vimos e os moradores relataram, a área vem sendo utilizada como uma espécie de estação de transbordo clandestina, para armazenamento dos resíduos da coleta de forma temporária. No entanto, a contaminação da área acontece do mesmo jeito, tanto pelo contato direto da massa de resíduos e seus efluentes com o solo, quanto pela emissão de gases, inclusive com mau odor e a presença de vetores de doenças, como ratos, moscas e mosquitos”, disse o fiscal da Adema Daniel Marques.

Extração ilegal

A fiscalização da Adema também se dirigiu a Japoatã para averiguar, a pedido da Justiça, o andamento de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) que deveria estar sendo executado em uma área anteriormente utilizada para atividade de extração de recurso mineral, localizada entre os povoados Barrocão, Poxim, Pororoca e Currais.

“A área deveria estar sendo recuperada, mas, chegando ao local, identificamos que o responsável não cumpriu as determinações da Adema, onde o plantio deveria estar sendo feito. Nas imediações, flagramos mais atividade extrativista sendo realizada, inclusive com trator e caçambas operando no local. Ao visualizar a equipe da Adema, os funcionários fugiram sem prestar esclarecimentos, deixando para trás pás e barris de combustível usados no maquinário”, relatou o engenheiro florestal Aijalon Santos, fiscal da Adema.

A Adema cruzará as coordenadas para confirmar a identificação do imóvel e o proprietário será responsabilizado pela atividade sem licença ambiental.

 

 

Fonte:Infonet