Ocupação irregular de Área de Preservação Permanente é identificada durante fiscalização em Poço Redondo

Publiciado em 13/06/2025 as 07:31

A ocupação irregular de uma Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Rio São Francisco foi flagrada nessa última terça-feira, 10, no povoado Bom Sucesso, no município de Poço Redondo, durante ação realizada pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).

A iniciativa contou com a parceria da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema). 

Segundo a Adema, a comitiva registrou flagrante de bovinos pastando às margens do rio, o que configura ocupação irregular de APP. Os proprietários foram identificados no local e orientados a removerem imediatamente os animais, sendo advertidos posteriormente.

Ainda segundo o órgão, também foi solicitada a limpeza dos resíduos e doação de mudas ao município, como forma de compensação ambiental. 

“Esse pastoreio indiscriminado não pode acontecer em APP. O gado pode ter acesso à água, mas não pode ficar pastando e gerando resíduos. Em área de Unidade de Conservação de Proteção Integral é ainda mais sério, não sendo permitido nem a presença dos animais na mata”, afirma a gestora da UC e bióloga da Semac, Valdelice Leite. 

O flagrante foi identificado durante uma ação conjunta, realizada na última terça-feira, 10, para garantir a preservação da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural Grota do Angico (MONA Grota do Angico), além de Área de Preservação Permanente (APP) do Rio São Francisco, localizadas no município de Poço Redondo.

De acordo com o Governo do Estado, no momento da operação, foram encontrados apenas vestígios da passagem do gado, mas sem a presença dos animais. Contudo, com a ajuda da Polícia Militar do comando do município, tratativas estão sendo realizadas para identificar os proprietários que costumam deixar o gado solto na área.  

Segundo o engenheiro florestal da Adema, Aijalon Sousa, o MONA Grota do Angico é classificado como Unidade de Conservação de Proteção Integral, onde não é permitido o uso direto dessa área para preservar a natureza e cultura. 

“Portanto, o pastoreio de animais considerados exóticos, neste caso, o gado, é crime ambiental, pois impede a regeneração da mata de sub-bosque, necessária para a manutenção e existência da Caatinga”, enfatiza. 

 

 

Fonte: Fanf1