Sergipe arrecadou mais de R$ 2 bilhões em imposto, mas valor é 22% menor que 2014

Até ontem , 20, Sergipe gerou mais de R$ 2.261 milhões em 2015. Mas os números revelam que as arrecadações municipais e estaduais diminuíram em mais de 22%.

Publiciado em 21/12/2015 as 07:39
Pedro Carregosa/Rede Cidade

Em entrevista ao programa André Barros Sem Censura nesta segunda-feira, 21, o economista Wirlan Bernardo falou sobre a arrecadação de impostos, que alcançará, até o fim do ano, o valor de R$ 2 trilhões pela primeira vez no Brasil. O valor, segundo o economista, está além da capacidade da população e do empresariado, que continua pagando impostos sem que haja a ampliação dos serviços.

"Pela primeira vez o Brasil atinge esse valor, e o pensamento que nós, economistas temos, é que este valor está além da capacidade da população e do empresariado", afirmou Bernardo. O Brasil, hoje, está entre a 13º e a 14º carga tributária. "Acima de nós há países com carga tributária maior, mas dão um retorno à população", ponderou. Para o especialista em gestão pública, sob o olhar da produção, imposto é um investimento, por ser revertido em benefícios para a população e para o setor produtivo.

"Os dados utilizados são oficiais"

Os dados utilizados no Impostômetro, mecanismo que contabiliza os impostos, inclusive em Aracaju, são oficiais, como apontou Bernardo. Em Sergipe, o economista apontou que houve uma queda significativa. "Até ontem de manhã, geramos mais de R$ 2.261 milhões em 2015. Mas os numeros revelam que as arrecadações municipais e estaduais diminuíram [...] A arrecadação desse ano é 22% menor que no ano passado", alegou.

"A queda da arrecadação é fruto da queda da produção e no consumo [...] Quando a incerteza é muito vaga, há uma redução no investimento e, com isso, reduz também a produção", explicou, ao destacar que a crise econômia gera a incerteza. "Há uma redução na produção, motivada pela inverteza. O país entrou em crise, o Brasil está em recessão, mas os recursos não evapporam. A questão é a incerteza em investir, e essa incerteza reduz a atividade econômica".

Manifestação

Logo mais, a Fecomércio, Uninassau, CDL, Acese, entre outras classes empresariais farão uma manifestação no impostômetro. A manifestação terá por foco criticar a relação entre imposto e serviço.