Dólar abre em forte alta e opera a R$ 6,05 em meio à guerra global de tarifas
Na terça-feira (8), a moeda norte-americana teve alta de 1,47%, cotada a R$ 5,9973. Já o principal índice da bolsa brasileira recuou 1,32%, aos 123.932 pontos.

O dólar abriu em forte alta nesta quarta-feira (9) e voltou a operar acima de R$ 6 em meio à guerra global de tarifas iniciada pelos Estados Unidos.
Hoje, passaram a valer as tarifas recíprocas individualizadas aplicadas pelo presidente americano Donald Trump aos países com os maiores déficits comerciais com os EUA.
Para a China, entraram em vigor tarifas de 104%. Em resposta, o país asiático anunciou taxas adicionais de 50% aos EUA, a partir desta quinta-feira (10).
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 9h10, o dólar subia 1,03%, cotado a R$ 6,0591. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 1,47%, cotada a R$ 5,9973. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,0053.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 2,77% na semana;
- ganho de 5,11% no mês; e
- perda de 2,95% no ano.
O Ibovespa só começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve baixa de 1,32%, aos 123.932 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
- queda de 2,61% na semana;
- recuo de 4,86% no mês; e
- ganho de 3,03% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
A situação dos EUA com a China continua delicada. Confirmando a ameaça de Trump, a Casa Branca anunciou mais tarifas contra o país asiático, que agora terá taxas de 104% sobre seus produtos que entram em solo americano.
O aumento da tarifa contra a China veio porque o país não recuou na imposição de tarifas de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, uma resposta ao "tarifaço".
O porta-voz do ministro de Relações Internacionais chinês, Lin Jian, porém, afirmou que a China "vai lutar até o fim" caso os EUA continuem a impor tarifas sobre as importações.
Lin Jian, no entanto, reforçou a visão de que ninguém ganha em uma guerra comercial.
O pregão desta terça-feira tinha começado mais tranquilo, guiado por uma percepção de que os EUA podem avançar nas negociações com outros países para evitar uma guerra tarifária.
Além das declarações de Trump na véspera, dizendo que vai chegar a "acordos justos" com os países que procurarem os EUA para negociar as tarifas aplicadas pelo presidente, a União Europeia também voltou a se manifestar sobre o assunto.
Um porta-voz da UE disse, nesta terça, que o bloco quer evitar as tarifas recíprocas e uma eventual guerra comercial com os EUA.
A afirmação vem mesmo após a Casa Branca rejeitar uma oferta da UE de adotar uma política tarifária de "zero por zero" em relação a todos os bens industriais comercializados entre os países do bloco e os EUA.
Nesta segunda, o conselheiro econômico do governo Trump, Peter Navarro, disse que os EUA só aceitariam chegar a um acordo com a UE se o bloco reduzisse suas barreiras não tarifárias, como as regulamentações de segurança alimentar, por exemplo.
Segundo o porta-voz da UE o desejo de chegar a um acordo para evitar as tarifas dos EUA não mudou. "Estamos esperando que nossos colegas americanos se envolvam de forma significativa (nas negociações."
Com as expectativas de negociações, os mercados europeus e asiáticos tiveram um dia de leve recuperação em relação aos dias de derretimento vividos desde o anúncio das tarifas recíprocas, na semana passada.
Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas:
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