Marielle vive! 3 anos da Morte de Marielle e Anderson sem justiça!

Publiciado em 14/03/2021 as 19:47

Marielle Franco, mulher negra, mãe, periférica, aguerrida defensora dos direitos humanos, teve a sua vida ceifada há exatos 3 anos neste dia 14 de março. Dia que vai ficar na memória da população brasileira por muitos anos, data essa em que criminosos fascistas acreditaram que acabariam com os sonhos de milhares de pessoas que almejam uma vida com dignidade, esperança e justiça social, mas Marielle era semente, e germinou sonhos e luta, e foi espelho para que outras centenas de mulheres: negras, periféricas, LGBTQIA+, indígenas, camponesas, levantassem e fossem às ruas disputar por um projeto de sociedade que priorize o bem viver, a equidade e o respeito à diversidade.

A vereadora e companheira de partido, Linda Brasil (PSOL), através de sua mandata, está realizando neste dia e ao longo do tempo ações que são sementes e que regam as sementes de resistência na luta por justiça social e melhoria de vida para as pessoas mais sofridas do legado deixado por Marielle. Hoje as redes sociais da parlamentar estão com postagens relacionadas a ela. Em suas intervenções na câmara já citou a importância desta mulher símbolo da luta contra opressão e também na última semana em uma de suas falas pediu justiça para que sejam encontrados os culpados deste ato bárbaro. A memória de Marielle deve ser evocada e é inspiração para todas as mulheres que buscam por transformação social, reforça que é preciso cobrar justiça por Marielle e Anderson.

Neste domingo, completa 3 anos desse crime bárbaro contra a democracia, contra a vida de uma mulher negra, da periferia, LGBTQIA+. A execução de Marielle foi uma tentativa de silenciamento de todas nós mulheres que lutamos para ocupar os espaços de poder na política, mas não imaginavam que ela deixaria sementes. Não seremos interrompidas! Justiça por Marielle e Anderson, porque Marielle vive em tantas outras mulheres, como eu, mulheres trans, mulheres negras, que foram eleitas democraticamente nas últimas eleições, e tenho certeza que são essas mulheres que derrubarão esse governo fascista que está aí!”, declarou Linda.

O resultado do legado deixado pela militante e ex-vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, são as ações promovidas pelo Instituto Marielle Franco, que tem apoiado projetos e candidaturas que coadunam com os princípios defendidos por ela. Seu nome é sinônimo de luta e esperança para todas/os/es que acreditam em dias melhores.



Neste domingo, 14, Marielle será homenageada em todo o país, o coletivo de Mulheres do Psol realizará o “Anoitecer por Marielle”, que serão projeções visuais sobre a sua trajetória a partir das 19h. Alguns lugares confirmados são: Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, Fortaleza, Manaus, Distrito Federal, Belém, Florianópolis, Curitiba, Goiânia, Boa Vista, Porto Alegre, Natal, Salvador, Aracaju e Maceió. Em Aracaju, um dos espaços de projeção será o hotel Ibis.

 

Conheça algumas importantes pautas defendidas por ela:



  1. Lutava por uma outra segurança pública para a promoção de uma cidade sustentada no direito das pessoas;

  2. Fazia a defesa da saúde pública e dos direitos das mulheres e população LGBTQIA+, apresentou o Projeto de Lei da Visibilidade Lésbica na Câmara;

  1. Defendia o direito à favela e à periferia, realizou um encontro coletivo chamado “Direito à Favela”, com o objetivo de fortalecer redes de ativistas favelados e periféricos que atuam em coletivos organizados;

  2. Defendia um Programa de Saúde Pública que chegasse a todas as pessoas;

  3. Sua mandata era comprometida com a defesa das políticas de cultura, lazer e esporte em uma perspectiva popular e favelada;

Quem foi Marielle Franco

Filha de Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, mãe de Luyara Santos, cria da Favela da Maré, mulher negra, socióloga pela PUC/RJ com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mari como carinhosamente era chamada, foi eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos.

Ao longo de sua trajetória trabalhou em importantes organizações da sociedade civil, como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré. Foi presidenta da Comissão da Mulher da Câmara e coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).

Acesse o Dossiê produzido pelo Instituto Marielle Franco sobre o caso :

https://casomarielleeanderson.org/