Na manhã desta segunda-feira (8), cerca de 100 famílias deixaram o prédio desativado do antigo Hotel Palace, no centro de Aracaju, após uma ocupação temporária. O ato fez parte de uma mobilização nacional organizada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que realizou ações semelhantes em diferentes cidades do país.
Com o lema “Não há independência sem soberania, e não há soberania sem direito à moradia”, os manifestantes chamaram atenção para a situação de milhares de brasileiros que vivem sem acesso a políticas habitacionais.
Em Aracaju, participaram famílias ligadas às ocupações João Mulungu e Palestina Livre. Segundo os organizadores, muitos desses moradores ainda aguardam inclusão em programas como o auxílio-moradia e o Minha Casa, Minha Vida. O grupo cobra do governo estadual apoio mais efetivo para que tenham acesso a esses benefícios.
Em resposta, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) informou, em nota, que as famílias da ocupação Palestina Livre que estiveram no protesto serão recebidas com respeito e responsabilidade. A pasta ressaltou, porém, que cabe ao município o cadastramento de beneficiários e a concessão do auxílio-moradia.
Ainda conforme a Seasic, a destinação de imóveis federais — como o utilizado pela ocupação João Mulungu — é atribuição da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Governo Federal. O Estado, por sua vez, afirma que sua função é oferecer apoio técnico e financeiro aos municípios, fortalecer políticas habitacionais em escala regional e manter diálogo com as instituições envolvidas.
Fonte: A8SE
