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Política

Anistia acirra conflitos partidários em meio a queda de braço no Congresso

Projeto segue sem consenso mínimo e ainda enfrenta ambiente de disputas entre Câmara e Senado

Por Redação Sergipe Notícias Publicado em 26/09/2025 às 07:14
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Anistia acirra conflitos partidários em meio a queda de braço no Congresso

A análise da eventual anistia a condenados pela trama golpista acirra conflitos partidários em meio a um ambiente já tumultuado com quedas de braço internas no Congresso Nacional.

 

Ainda não há previsão de quando o projeto da anistia – que, no final das contas, pode somente reduzir penas de condenados – vai à votação no plenário da Câmara. O relator do tema, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tem se reunido com bancadas em busca de consenso. A ideia é tentar algum meio-termo no teor do texto.

O PL (Partido Liberal) já avisou que não aceita nada menos que a anistia ampla, geral e irrestrita. Por outro lado, o PT (Partido dos Trabalhadores) rechaça tanto a anistia quanto a revisão das penas para mandantes do golpe de Estado. O objetivo é não permitir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja beneficiado. Partidos do centrão preferem só uma eventual redução das penas, sem mexer na inelegibilidade de Bolsonaro.

atuação de Eduardo Bolsonaro (PL) em defesa da anistia ampla tem causado certo incômodo até mesmo dentro de parte da própria direita. 

Mas, nesta quinta (25), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), se reuniu com o colega deputado nos Estados Unidos. Ao lado de Paulo Figueiredo, Eduardo registrou o momento nas redes sociais.

Além das discordâncias sobre a abrangência da anistia, o clima azedo entre Câmara e Senado também não ajuda com o avanço do assunto. O receio de deputados é aprovar um texto da anistia somente para ver o Senado rejeitar a proposta poucos dias depois, como aconteceu com a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem – que ampliava proteções jurídicas a parlamentares.

 

O arquivamento da PEC pelo Senado, após ser aprovada com folga pela Câmara, causou revolta em parte dos deputados. Alas avaliam que a Câmara ficou exposta e teve de arcar sozinha com o ônus da medida impopular. Não querem que a situação se repita.

Declarações de Paulinho da Força que atrelaram a votação da anistia à aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais também causaram mal-estar. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou qualquer vinculação entre os dois projetos e reafirmou que a votação da isenção do IR vai acontecer na quarta-feira (1º de outubro), independentemente do andamento da anistia.

A isenção do IR, inclusive, é outro ponto sensível, com cada Casa analisando um projeto sobre o tema. O fato de o Senado ter começado a analisar o caso depois da Câmara foi visto como forma de pressão aos deputados. O governo busca não limar nenhum dos lados, e só quer ver a isenção – promessa de campanha e vitrine eleitoral de Lula – aprovada até o final do ano.

 

Fonte: CNNBrasil

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