O Governo de Sergipe, por meio das secretarias de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) e da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), realizou nesta segunda-feira, 20, o 1º Mutirão de Empregabilidade para Pessoas com Deficiência. Com a presença de mais de 15 empresas, a iniciativa aconteceu no auditório da Seasic, em Aracaju, e ofertou mais de 100 vagas.
A ação teve o objetivo de aproximar empresas e profissionais com deficiência, facilitando o acesso às vagas e reforçando o papel social das organizações na construção de um mercado de trabalho mais diverso e acessível.
Para o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, o primeiro mutirão é o início de uma trajetória que visa fortalecer o processo de contratação de pessoas com deficiência. “Estamos aqui para garantir que todo sergipano possa ter acesso ao mercado de trabalho. Contem com o Estado como parceiro desse processo, seja na divulgação das vagas por meio do nosso portal, na realização de mutirões ou na oferta de qualificação profissionalizante. Nós temos o ‘Primeiro Emprego’, voltado aos jovens que não têm experiência, e o ‘Qualifica Sergipe’, direcionado a todos os públicos. O Governo do Estado está preparado para ofertar qualificação profissionalizante para todas as demandas que as empresas apresentarem”, reforçou.
A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, destacou a importância do mutirão para quebrar barreiras e acolher as pessoas com deficiência nas empresas. “É fundamental fazer com que as empresas também entendam a importância desse movimento. Muitos aqui se qualificaram e têm uma capacidade incrível, mas, às vezes, não têm a oportunidade. Então, esse é o momento em que todos damos as mãos para fazer a inclusão de verdade. A gente coloca a Seasic à disposição de todos e todas vocês. Nosso governador, desde o início da gestão, tem trabalhado muito a inclusão, a acessibilidade, o participar de todos. Vamos mostrar que a pessoa com deficiência pode estar onde ela quiser”, ressaltou.
Para a auditora fiscal do Trabalho, Liana Carvalho, o evento facilita a comunicação entre empresas e pessoas com deficiência. “Nosso objetivo é exatamente favorecer o encontro de pessoas com deficiência (PcDs) e as empresas que têm dificuldades para contratar. Cerca de 73% das nossas empresas organizadas não estão cumprindo a cota para PcD. A gente sabe que há dificuldades. Precisamos entender e enfrentá-las, aproximar-nos, e, principalmente, adaptar nossas empresas para receber as diversas deficiências que temos no mercado de trabalho, e tornar essas vagas mais educativas”, frisou.
Aprovação
Para Ana Flávia dos Santos, que foi a primeira pessoa atendida pela ação, o mutirão foi uma excelente iniciativa, que a ajudou muito em sua busca por uma vaga de emprego. “Eu gostei muito. Achei muito organizado. Tem muitas empresas e muita diversidade de vagas também. A equipe cadastrou meu currículo e perguntou se eu queria escolher mais vagas. Também tem empresas presenciais aqui. Se a gente quiser, já pode falar diretamente com elas e mostrar nosso currículo. Ter uma ação voltada totalmente para as pessoas com deficiência faz a gente se sentir mais incluída, mais acolhida, menos acuada e mais disposta a vir”, afirmou.
Já Cattaryne Fonseca, que está procurando trabalho há mais de 10 meses, parabenizou a ação. “Achei muito interessante, porque antigamente não tinha esse mutirão. A gente corria atrás, mas não tinha oportunidade. As pessoas tinham muito preconceito, porque a gente tem um tipo de deficiência. Mas isso não nos define em nada. A capacidade é individual. Nenhuma deficiência define a gente. Achei muito interessante e eu espero que continue, que não acabe, porque é muito importante. É uma oportunidade que a gente não tinha”, sublinhou.
A participante Samyra Nunes, que contou com o auxílio de intérprete de Libras, reforçou a importância do evento para quebrar as barreiras do preconceito. “O mutirão tem uma grande importância para nós, pessoas com deficiência, porque nos dá essa oportunidade de conhecer as empresas. Especialmente no nosso caso, nós, surdos, vamos ter mais inclusão. Sofremos muitas dificuldades na sociedade e acredito que esse evento vai quebrar essas barreiras. Não queremos ser dependentes de um benefício assistencial. Queremos ter uma oportunidade de trabalhar como qualquer outra pessoa e ter dignidade”, enfatizou.
Fonte: GOV SE