Nutricionista alerta para os riscos das dietas restritivas e o efeito sanfona

Publiciado em 18/05/2022 as 12:22

Se você não sofre com ele, certamente já ouviu alguém reclamando do efeito sanfona, que aquele processo de engorda e emagrece, que se tornam rotina na vida de muita gente. Também conhecido como efeito rebote ou efeito ioiô, acontece quando o peso perdido depois de uma dieta de emagrecimento volta rapidamente, fazendo a pessoa engordar novamente. 

 

Sobre o assunto conversamos com a professora do curso de Nutrição da Faculdade São Luís, Jamile Caroso, que explicou um pouco sobre a causa e falou dos riscos quando esse processo se torna frequente.

 

De acordo com a nutricionista, a causa do efeito sanfona são as dietas restritivas. “Uma mudança brusca na alimentação é difícil de sustentar a longo prazo, então as pessoas que utilizam essa estratégia tendem a entrar nesse ciclo de engordar e emagrecer”, explicou.

 

Ainda segundo a profissional, esse processo traz prejuízos metabólicos, pois no período de “restrição” nosso cérebro entende que precisa “poupar” energia e aí cria mecanismos para armazenar mais gordura. “Além disso, também há prejuízos no comportamento alimentar. O fato de restringir algum alimento ou fonte de nutrientes, como cortar carboidratos, por exemplo, pode fazer com que o indivíduo desenvolva uma obsessão/um desejo aumentado por comer esses alimentos ricos em carboidratos, como consequência da restrição”, destacou.

 

Para sair desse ciclo, a nutricionista alerta que a primeira é evitar dietas restritivas, pois toda mudança tem maior efetividade quando realizada de forma gradual. “Crie uma boa relação com a alimentação e com seu corpo. A alimentação não se trata apenas de nutrientes, envolve socialização, simbolismo, cultura etc. Por isso, esteja em paz com a comida. Fique atento à forma como se alimenta. Isso é tão importante quanto o que se come. Pratique o comer com atenção, sem distrações como o uso de eletrônicos, por exemplo. Dessa forma é possível ouvir o seu corpo e perceber os sinais de fome e saciedade, que levará ao consumo dos alimentos com mais moderação”, finalizou.

 

 
Da Assessoria