PCC aliciou moradores e transformou cidade sergipana em QG de lavagem de dinheiro

Publicado em 01/09/2025 às 09:44

O silêncio pacato de Santo Amaro de Brotas, município de pouco mais de 12 mil habitantes em Sergipe, escondia um esquema milionário de lavagem de dinheiro. Segundo revelou a coluna Radar Econômico, da Veja, assinada pelo jornalista Pedro Gil, cinco moradores da cidade foram cooptados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para abrir empresas de fachada e movimentar fortunas a serviço do crime organizado.

Uma dessas pessoas, aparentemente um cidadão comum, chegou a ter registrada em seu nome uma centena de empresas ligadas à cadeia de combustíveis — um setor estratégico para disfarçar operações financeiras ilícitas.

As descobertas fazem parte da Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que já identificou mais de 700 empresas usadas pelo PCC para dar aparência legal ao dinheiro do tráfico e de outras atividades criminosas.

Organização bilionária

O rastro do dinheiro sujo do PCC atravessava todo o setor de combustíveis — do campo ao coração financeiro de São Paulo. Essa engrenagem bilionária, comandada pela maior facção criminosa do país, veio à tona na última quinta-feira (28), durante a maior operação contra o crime organizado já realizada no Brasil.

As investigações revelam números impressionantes: o PCC teria assumido o controle de 40 fundos de investimento, movimentando um patrimônio superior a R$ 30 bilhões. Esse capital era utilizado para lavar dinheiro, blindar bens e financiar aquisições estratégicas. Entre elas, estão quatro usinas de álcool, uma frota de 1.600 caminhões de transporte e mais de cem imóveis de alto padrão.

A investigação mostra que a engrenagem do crime não conhece fronteiras e pode transformar qualquer cidade pacata em um elo da maior facção criminosa do país.

 

 

Fonte: Horas News

 

Publicidade

Publicidade